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Instituições da Cultura no Brasil e a crise da COVID-19

Na atual situação de pandemia derivada do COVID-19 as sociedades, como conjunto e cada um de seus indivíduos, precisaram criar estratégias e mecanismos de adatação à nova situação - definida, em alguns lugares, como de “nova normalidade”- que, de modo abrupto, irrompeu nas nossas diferentes realidades e que trouxe o drama de milhares de pessoas falecidas, muitíssimas mais contagiadas a cada momento e uma crise social e econômica sem precedentes no meio a um clima de incertezas que marcam este período de alarme sanitário a nível mundial, com um foco muito especial no caso do Brasil. 


E as instituições- públicas e privadas, com ou sem fins lucrativos, de teor mais local ou mais internacional- não são alheias às transformações que se derivam deste problema. Nesta nova edição do “Reflexões” do BrasilGaliza quisemos aproximar-nos dessas situações e tentarmos conhecer como enfrentaram estas novas dinâmicas três instituições do âmbito cultural brasileiro. Trata-se de entidades de natureza muito diferente, cujos modos de funcionamento e de adatação e resistência em tempos de COVID-19 queremos conhecer mais de perto.


Começamos pela Academia Brasileira de Letras, a “casa de Machado de Assis”. Esta instituição centenária foi fundada em 1897 e teve como primeiro Presidente ao autor de Memórias Póstumas de Brás Cubas; e, na altura do seu primeiro centenário, à primeira mulher Presidenta, a escritora com raízes galegas Nélida Piñon. O seu atual Presidente, o inteletual carioca Marco Lucchesi, enviou a sua “Reflexão” sobre o tema proposto “Instituições da Cultura no Brasil e a crise da COVID-19” em junho deste ano e reproduzimos aqui o seu depoimento.

Marco Lucchesi (Rio de Janeiro) é membro da Academia Brasileira de Letras desde 2011 (cadeira nº 15) e, desde 2018, Presidente da mesma. É Professor Titular de Literatura Comparada na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, para além disso, poeta, ensaísta, romancista e tradutor. Entre suas obras, várias delas premiadas, podemos destacar Sphera (2003), Meridiano celeste & bestiario (2006), O bibliotecário do imperador (2013), Carteiro imaterial (2016) ou Domínios da insónia (2019). Participou, em 2011, no IV Simpósio Internacional Conexões IV: A literatura brasileira contemporânea. Diálogos Galiza-Brasil (Santiago de Compostela)

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